quarta-feira, abril 23, 2008

Aventura por Terras de Xanana


Caros leitores,


Este blog irá marinar por uns tempos enquanto durar a minha aventura timorense...


Entretanto eu e a Daisy temos um novo sítio onde estão algumas imagens das terras do Oriente:




Até breve.


sedento@hotmail.com

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Bancos de Ribeirão

Nestes últimos tempos temos vindo a assistir pelos meios de comunicação social a uma série de notícias sobre o maior grupo privado português, o Millenniumbcp.

Depois de falhada a OPA sobre o Banco Português de Investimento (BPI), e da mudança no conselho de administração, nomeadamente no cargo de presidente, deixando Paulo Teixeira Pinto de o ser, cedendo a sua posição a Filipe Pinhal, depois de termos observado uma potencial fusão entre o Millenniumbcp e o BPI, temos agora mais um golpe de teatro deste que foi sem dúvida um exemplo de Best Practices a nível europeu no sector da banca. A saída atribulada do seu fundador, Jardim Gonçalves, depois de mais escândalos relacionados com um alegado perdão de uma dívida ao seu filho a que se seguiu também o abandono de Filipe Pinhal despoletou uma nova tentativa de estabilização da administração do banco com o avançar do nome de Carlos Santos Ferreira, que deixa assim a Caixa Geral de Depósitos (CGD) para assumir a presidência do Millenniumbcp. Aguardam-se pelos próximos episódios desta novela da banca portuguesa.

Todos sabemos que o Millenniumbcp é não só o banco mais antigo de Ribeirão, tal facto leva a que a maior parte dos ribeirenses tenha nesta sucursal as suas poupanças, as suas contas. A sucursal do Millenniumbcp na nossa vila não sente qualquer impacto desta crise que se encontra a viver a nível administrativo, e esta não poderá ser razão para perder confiança nos serviços que nos prestam à já algumas décadas. Mas o que é facto é que com a evolução dos tempos, Ribeirão tal como aconteceu ao Millenniumbcp cresceu, cresceu de tal modo que o Banco Espírito Santo (BES) e o BPI decidiram avançar com as suas posições neste pequeno mas importante mercado que é a nossa vila.

A abertura de novas sucursais de outros bancos é bastante evidente. O Banco Santander instalou-se no antigo “Café do Cego”, enquanto que o Banco Popular aproveitou uma diferente localização, face à EN14, junto à ponte sobre o rio Ave para marcar posição na conquista de mercado em Ribeirão. Especula-se também que a CGD venha a ter instalações junto à igreja, desconhecendo-se ainda a sua localização exacta. De referir que também em Fradelos com a abertura de uma nova agencia do BES demonstra o potencial com que é visto o crescimento desta zona a sul do concelho de Vila Nova de Famalicão.

Curiosamente, ao verificarmos as localizações destes prestadores de serviços conseguimos perceber uma nova centralidade em Ribeirão, a nova zona comercial tradicional e de serviços da vila muda-se do Outeiro para a Av. 3 de Julho, junto ao estádio do Passal, e deste modo sentimos que estamos também a criar novos hábitos de consumo. A importância que hoje em dia se dá às entidades bancárias é diferente desde que o acesso ao crédito foi facilitado. Isso também se fez sentir na própria concorrência entre os bancos e principalmente na sua estratégia de expansão.

Os diversos serviços bancários e produtos financeiros disponibilizados por estes bancos presentes em Ribeirão apenas vêm beneficiar os consumidores. Mas acima de tudo devemos observar este súbito investimento na nossa vila como um sinal de confiança no crescimento populacional, económico e empresarial. Uma vila com mais de 8.300 habitantes, onde cerca de 20 por cento são menores, coloca apenas 6000 potenciais clientes particulares, o que divididos em partes iguais pelas 6 sucursais dariam cerca de 1000 clientes por cada agência. Não justifica o investimento de um banco que quando começa, como é natural, começa do zero. Assim sobra o imenso potencial empresarial existente quer em Ribeirão quer nas vilas vizinhas para preencher e rentabilizar um investimento desta envergadura.

É claro que para entidades como estas umas sucursais cobrem sempre o prejuízo de outras, mas hoje em dia já ninguém investe para marcar posição, principalmente se não existir potencial de rentabilidade.

sedento@hotmail.com

domingo, setembro 23, 2007

Subprime





O actual contexto do mercado financeiro internacional introduziu no nosso dia a dia um novo termo, o subprime. Termo inglês que define a expressão portuguesa “crédito de alto risco”. Esta expressão tem o conteúdo literal para quem cede o crédito e significado de aprovação de crédito para alguém com problemas de liquidez, ou com historial de incumprimento, ou com grande probabilidade de bancarrota.

A crise do subprime surge com a falta de dinheiro por parte dos bancos para poderem conceder este tipo de crédito. Depois do aumento dos números de casos de insucesso no mercado americano do subprime, com o aumento das hipotecas accionadas, o que era numerário para os bancos passou quase subitamente a imobilizado, deixando-os sem capacidade de resposta para os novos pedidos de crédito e colocando assim os mercados financeiros perante uma crise de fundo devido uma razão curiosamente anormal no segmento bancário: a falta de dinheiro.

O (“FED – Federal Reserve” ou em português Reserva Federal), Banco Central dos Estados Unidos, entidade cuja actuação é tida como indicativa para diversos bancos centrais mundiais, sendo o dólar ainda a moeda de referencia em muitos deles, e cujas tendências, devido à importância da economia americana, são também elas seguidas, vinha a aumentar gradual e sucessivamente a taxa de juro de referencia para o crédito imobiliário, a Federal Funds Rate (FFR). Esta situação tem vindo a ser cada vez mais insustentável para muitas famílias, que não conseguem cumprir com o pagamento do empréstimo, mas também para os bancos que devido à crise deixaram de ter liquidez suficiente para conseguir sustentar o volume do crédito concedido e o próprio crédito mal parado. Como indicação disso mesmo o número de casos de incumprimento de crédito nos Estados Unidos aumentou 2,5 vezes no último semestre.

Em apenas dois meses assistiu-se a um rol de queixas de diversas entidades bancárias que se pronunciaram sobre o assunto, algumas das quais, principalmente as que detinham nas suas carteiras um maior número de créditos de alto risco concedidos, a solicitarem auxilio por parte dos seus bancos centrais afim de combaterem a crise. Os mercados bolsistas foram fortemente afectados por esta crise e acumularam quedas sucessivas, colocando-os no patamar mais baixo do último ano e tendencialmente a piorarem. Entre a espada e a parede o FED tinha de agir.

Para combater esta crise o FED viu-se obrigado a tomar uma posição que acalmasse os mercados, cortou finalmente na taxa de juro de referência (FFR) dos 5,25% para os 4,75%. Em comunicado o FED argumenta que esta decisão se justifica com o objectivo de “ajudar a prevenir alguns efeitos adversos sobre o conjunto da economia, que de outro modo poderiam surgir da agitação dos mercados financeiros e de promover um crescimento moderado a prazo”. Também o Banco Central Europeu segue a mesma linha de orientação do FED, o que acontece por diversos motivos, mas que podemos resumir justificando-o com a globalização dos mercados de capitais.

O que é certo é que a culpabilização de toda esta situação se deve única e simplesmente a uma tentativa da parte da reserva federal americana em saber qual o ponto de ebulição do mercado de crédito, resta entender se foi ou não premeditada. Todos sabem que nunca antes se fizeram tantos créditos, e que por exemplo uma boa parte dos americanos, tal como os portugueses, estão endividados, a questão é saber até que ponto foram salvaguardadas algumas questões essências que pudessem prever uma situação idêntica à que está a acontecer. A colocação superior a 33% do rendimento mensal de uma família para pagamento de um empréstimo é algo que por si só se revela arriscada. Facilmente se atinge uma percentagem incomportável, pois como aumento dos juros seguem-se aumentos “naturais” em produtos como o petróleo que, coincidência das coincidências, se encontra a rondar os valores mais elevados de sempre, ou os produtos alimentares, até mesmo os mais básicos como o pão. Ou seja, é menos dinheiro em carteira e mais onde o gastar, em suma, diminuição da capacidade de compra.

Mas não se pense que uma visão pessimista resume tudo isto. Vivemos numa altura de crise, é certo, mas estas alturas são definitivamente as melhores para se investir. É claro que me refiro a quem não necessita de pedir dinheiro emprestado para o fazer, não vá correr o risco de ao tentar fazê-lo no banco onde coloca as economias lhe responderem: “Dinheiro emprestado? Desculpe mas dinheiro não temos!” Haverá maior ironia que esta?


terça-feira, abril 24, 2007

Poupar ou Investir para Ganhar

Investir em produtos financeiros hoje em dia está ao alcance de um simples “clic” no rato do computador. São cada vez mais as pessoas que investem em produtos financeiros, tal como são cada vez mais as que o fazem através da Internet. Esta observação revela que, para além de um certo descontentamento com a rentabilidade dos depósitos a prazo, os Portugueses começam a perceber que é possível rentabilizar as suas poupanças com taxas bastante superiores às dos depósitos a prazo. Simplesmente, esta situação implica um determinado nível de risco associado ao que anteriormente se designava por poupança e passa a designar-se por investimento.

O principal objectivo de quem investe neste tipo de produtos é uma rentabilidade, que supere a taxa de poupança a prazo, associada a um nível de risco idealmente muito baixo.

A maioria dos pequenos investidores que aplicam as suas poupanças fá-lo devido ao aconselhamento do seu gestor de conta, e na entidade bancária onde têm o seu capital. Este aconselhamento é feito após uma apresentação cuidada e exaustiva de todos os produtos que qualquer entidade bancária tenha ao dispor dos clientes, e sempre dependendo de dois factores principais, dinheiro disponível para investir e o risco associado a cada investidor.

Cabe a cada cliente, avaliar o potencial de rentabilidade esperada, ponderar, reflectir, analisar, se possível consultar opiniões formadas dos especialistas na matéria e por fim tomar a decisão sobre qual o investimento a fazer, ou qual o produto a escolher. Este “simples” exercício, tal como qualquer tipo de planeamento, terá uma influência preponderante no resultado final da mais valia retirada de cada investimento. Quanto mais informação se obtém de cada produto e do mercado em que o mesmo actua, e quanto maior for o planeamento, melhor será o resultado final.

Actualmente existem diversos produtos financeiros acessíveis a qualquer indivíduo que queira aplicar os seus rendimentos e tentar uma determinada rentabilidade. Estes produtos encontram-se divididos em três grandes áreas: - as poupanças, os fundos e a bolsa.

Os mais populares são as acções em bolsa onde a rentabilidade é bastante volátil e com um risco associado de elevado nível. Os fundos de investimento começam também a ganhar bastantes simpatizantes, uma vez que existem fundos com diferentes níveis de risco e diferentes tipos de produto, existindo sempre uma correlação directa entre o risco e o produto, diferenciado muitas vezes com o tipo e localização de mercado alvo de cada produto. Um exemplo de um fundo de investimento, que engloba um conjunto de acções de empresas cotadas em países onde as taxas de crescimento são elevadas e o potencial de crescimento é equivalente, são os fundos de investimento em mercados emergentes. Estes são comuns a diversas sociedades detentoras de fundos de investimento, apesar de poderem utilizar denominações diferentes. Para além destes produtos, existem as poupanças, conhecidas de todos, que se diferenciam na rentabilidade e no tempo, dependendo sempre da quantia que se pretende afectar a um produto deste género.

Seja qual for o montante a investir, o produto que seja apresentado, a rentabilidade que efectivamente garantam, existem sempre situações que aparentemente nunca são bem esclarecidas, pelo que a melhor forma de se ter uma boa rentabilidade do nosso dinheiro é contactando com um consultor financeiro especialista na área de poupança/investimento. É necessária uma grande confiança nesta pessoa, o que significa que não se pode desanimar ou desistir apenas porque no primeiro ou segundo investimento não se obteve o resultado esperado.

A economia é feita de ciclos, uns mais longos e outros mais curtos, mais ou menos acentuados, e é cada vez mais difícil prever em que ponto do ciclo económico nos encontramos. Apenas podemos ter certeza de duas coisas: - o mercado cresce naturalmente, pode demorar mais ou menos anos, mas acaba sempre por crescer; - nunca, mas nunca colocar todo o dinheiro num só produto, criar sempre uma carteira variada de investimentos.

sedento@hotmail.com

quinta-feira, março 15, 2007

Sócrates honesto...

O 1º Ministro foi convidado para uma festa.

Ao chegar aolocal, encontrou umsegurança que o interpelou:

- Convite??
- Não tenho comigo!?
- Então não o posso deixar entrar!!!?
- Mas eu sou o José Socrates!?
- Mostre-me a sua identificação?
- Não tenho comigo!?
- Então não o vou poder deixar entrar!?
- Mas eu sou o 1º ministro! Não me está¡ a conhecer????
- O senhor é realmente muito parecido, mas pode ser umsósia. Para entrar tem que me provar ser quem diz que é.
- Mas como??
- Não sei. O Figo também não tinha convite... dei-lheumabola e ele provouser quem dizia ser.Ao Pedro Abrunhosa dei-lhe um microfone e ele provou serquem dizia....
- MAS EU NÃO SEI FAZER NADA!!!?
- Ora essa ... porque não disse logo! Faça o favor deentrar Sr. 1º Ministro


sedento@hotmail.com

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Alargamento da EU: Ameaça ou Oportunidade?


O dia 1 de Janeiro marcou o virar de mais uma página na história da Europa, assistiu-se ao seu alargamento a 2 novos estados membros: Roménia e Bulgária.

Desde a criação da Comunidade Económica Europeia que o projecto previa futuros alargamentos a países que cumprissem os requisitos predeterminados. Após várias fases de alargamento e consequente evolução das exigências de adesão, a União Europeia atinge agora um ponto considerado de estagnação da sua “expansão”. O objectivo principal é a sua consolidação como uma potência num contexto de globalização, quer económica quer geopolítica. Para tal surge a necessidade de uma união cada vez mais forte, consistente, com a capacidade de ser pluralista e unionista ao mesmo tempo.

Nesta fase, o dossier da constituição europeia, que muita polémica causou, tornar-se-á numa parte essencial. A constituição terá obrigatoriamente de ser acordada, aceite por todos os estados membros, para que seja possível a sustentabilidade que se demonstra fundamental para uma futura total integração política, social, económica e administrativa.

A definição de âmbito do Quarto Quadro Comunitário de Apoio atribuiu a Portugal uma última oportunidade para se modernizar e evoluir com a finalidade de colocar Portugal no pelotão da frente dos países da EU. Países como os dois novos membros iniciam agora o que se iniciou em Portugal à 21 anos atrás. Contam com o exemplo português de “como não fazer” e com um rigoroso controlo na distribuição das verbas.

Com a Roménia e Bulgária, as diferenças entre os países mais ricos e os países mais pobres acentuam-se ainda mais, comparativamente ao que aconteceu com as últimas 10 entradas. As especificidades das economias destes dois países podem representar para Portugal uma oportunidade ou uma ameaça, dependendo sempre do ponto de vista. Com taxas de crescimento a rondar os 5 % e com uma grande confiança no futuro, estes países poderão, a exemplo do que já acontece com alguns dos 10 membros que entraram em 2004, facilmente atingir um nível de desenvolvimento igual ou superior ao nosso. O exemplo mais nítido é o da Eslovénia que em apenas dois anos de adesão conseguiu facilmente cumprir todos critérios que lhe permitiram aderir à moeda única.

Este fenómeno, que alguém já apelidou de “cerco da economia portuguesa”, tem-se vindo a constatar sobretudo na área industrial, com a deslocalização para o Leste de várias unidades, principalmente na área automóvel e cablagens, indústrias de importância extrema na nossa economia, juntamente com o vestuário e calçado.

A Alemanha, nosso principal investidor durante anos, começa agora a prestar mais atenção à evolução dos países do centro e leste da Europa, e os primeiros grandes investimentos já foram consumados, quer em produtos com grande exigência de mão de obra e recursos naturais, na Roménia e Bulgária, quer em novas unidades industriais tecnologicamente mais avançadas e de grande produtividade, na Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria. Portugal tem obrigatoriamente que fazer o mesmo.

A oportunidade com que devemos olhar os novos membros começa cá, dentro do nosso território, com apostas em investigação e desenvolvimento, inovação de produtos e a formação e especialização de recursos humanos em áreas que possibilitarão mais tarde transformar Portugal um destino de referência em áreas onde até ainda ou já temos alguma importância internacional. O objectivo é potenciar o que temos de melhor e expandir, globalizar aproveitando novos países considerados “mercados emergentes”.

Áreas como as energias renováveis, a economia digital, a moda, a saúde, os componentes para o sector automóvel e até o turismo, terão obrigatoriamente que se afirmar num contexto global. Mas as oportunidades para a nossa economia não estão apenas na Europa de leste, os mercados emergentes estão hoje bem identificados e os sinais de crescimento económico são nítidos.

O Presidente da República visitou este mês a Índia fomentando aquela que é uma boa conjuntura para as empresas portuguesas, até pelas suas ligações históricas, mas poderia fazer e dizer o mesmo da China ou do Brasil. Hoje em dia a expansão para novos mercados deve fazer parte da missão de todas empresas que pretendem evoluir. Sem esta atitude incorporada, a vulnerabilidade perante a concorrência estrangeira, a estagnação e por vezes o eclipse podem facilmente acontecer tenha a empresa a dimensão que tiver.

sedento@hotmail.com

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Sigur ros again...


"Visrar Vel Til Loftarasa" by Sigur Ros on Svefn-G-Englar Ep

Wake up now for the happy new year...

sedento@hotmail.com